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Google descobre "infiltração" da Coreia do Norte em startups de cripto na Europa

Relatório da gigante de tecnologia aponta "ameaça crescente" após identificar alta no número de funcionários norte-coreanos em startups

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 2 de abril de 2025 às 12h00.

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A equipe de segurança digital do Google identificou na última terça-feira, 1º, uma "ameaça crescente" no mundo da tecnologia: uma "infiltração" da Coreia do Norte em startups de criptomoedas no Reino Unido e na União Europeia. E, em geral, as empresas não sabem que estão contratando norte-coreanos.

O relatório indica que esse tipo de tática já estava ocorrendo nos Estados Unidos, mas agora também chegou ao mercado europeu. Em geral, esses trabalhadores infiltrados conseguem roubar dados e informações sensíveis das empresas, além de exigirem pagamentos para não vazá-los.

Segundo o Google, infiltrações já foram identificadas em projetos de cripto no Reino Unido, Alemanha, Portugal e Sérvia. Em geral, as iniciativas atingidas envolviam marketplaces em blockchain, aplicativos com IAs e também contratos inteligentes no blockchain Solana.

A investigação da gigante de tecnologia avalia que a "chegada" dos infiltrados na Europa reflete uma mudança de planos após a descoberta do esquema nos Estados Unidos, o que aumentou o risco de identificação e punição dos funcionários norte-coreanos.

O esquema começa quando as startups abrem vagas para contratação de desenvolvedores. Os norte-coreanos mentem sobre a nacionalidade e passam outras informações falsas para enganar as companhias. Depois que são contratados, começam a extrair dados sensíveis das empresas.

Depois que os dados são obtidos, os funcionários começam a exigir pagamentos das empresas para que não exponham as informações. Os golpistas contam com apoio do governo da Coreia do Norte, que costuma ficar com praticamente todo o valor pago.

A investigação do Google apontou que alguns infiltrados chegaram a trabalhar em 12 startups ao mesmo tempo com diversos documentos falsos. As informações fabricadas passavam desde a formação acadêmica até o nome e o país de residência atual do candidato.

Os infiltrados optavam por obter seus salários por meio de criptomoedas ou por aplicativos, o que dificultava a identificação do envio dos valores para o governo da Coreia do Norte. O esquema já existe em outros setores, mas tem ganhado espaço no mundo cripto.

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